segunda-feira, 18 de setembro de 2017

DEZ ANOS DO BLOG!

Achei que era amanhã, mas é hoje!
Dez anos com esse espaço que já mudou muito desde o seu começo.
Vou alterar umas coisas nos próximos dias.
Por enquanto, só posso agradecer à você que, uma vez ou mais, já passou por aqui para ler os pensamentos desse que vos escreve.
Espero que dentro de mais 10, 20, 30 anos, você ainda passe por aqui, nos falemos através dessa URL, e que você lembre sempre de mim! :) 

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

"VOCÊ É TUDO, E TUDO É VOCÊ..."

Era um dia como qualquer outro. Lá estava ela indo para o seu serviço, enquanto olhava as paisagens passar pela janela. Olhava as crianças nas calçadas, e sentia saudade de sua infância, das bonecas que há muito deixara para trás. 
Divagava em meios aos pensamentos diversos que nos atingem nessas viagens de ônibus. Se considerava uma pessoa de sorte por poder sentir aquilo que sentia: a paz.

Num determinado momento da viagem, numa parada do coletivo, viu subir um rapaz, bem apessoado. Ela era a única naquele ônibus, àquele horário. Todos os outros assentos estavam livres.

O rapaz fazia uso de fones de ouvido. Escutava algo no seu celular.

Para surpresa da moça, o garoto sentou ao seu lado. Foi educado, pediu licença, mas ela estranhou.
Por quê o menino não procurou outro lugar pra sentar? O ônibus estava vazio. Só ela de passageira.

Ia pensando nessas coisas quando o rapaz perguntou assim, de repente:

- Moça, posso pedir um favor?

A cara de espanto que ela fez foi impossível de disfarçar. 
Meio sem jeito, meneou positivamente com a cabeça.

- Poderia ouvir uma música comigo? Te dou um lado do fone, e a gente ouve!
Por favor... É muito importante pra mim...

- Lógico, óbvio, claro que ela ficou desconcertada. Afinal, um estranho estava ali ao seu lado, e pedia que ela ouvisse o quê ele estava ouvindo.

- É que vou descer já já... - Tentou desvencilhar-se ela.

- Por favor, eu insisto... A música é curtinha...

Não tinha jeito. 
Pensou durante uns dez segundos, olhou para o rapaz, no qual não sentiu maldade, e por isso, aceitou o convite.

Colocou então o fone em sua orelha direita. O rapaz, por sua vez, ficou com seu fone na esquerda dele.

Play apertado, eis que a música inicia. 
Era uma música romântica, mas totalmente fora da situação da qual ela participava no momento.
Teve o ímpeto de perguntar para o menino o por quê de ser justamente aquela música, mas quando voltou seu rosto para o mesmo, percebeu que ele estava com os olhos fechados.

Ficou então sem graça de perguntar.
O quê será que aquela música despertava nele? E por quê justamente ela foi convidada por ele para ouvi-la com ele?

Claro, com o ônibus vazio, ele poderia ter se sentado em qualquer uma das poltronas, mas não. Foi até ela, e fez aquele convite. 

"Você é tudo, e tudo é você..."

Ela já conhecia aquela letra, aquela melodia. A música era antiga. Tristemente romântica, romanticamente triste.

Decidiu então seguir viagem, ouvindo a música ao lado do rapaz, que viajava no coletivo ao lado dela, e em seus pensamentos, através da canção.

Estranho.

Sentiu uma tristeza. Não sabia por quê. 
Na realidade, até pensou saber: Tratava-se do garoto, que também tinha uma fisionomia triste.
Mas começou a pensar que achava isso pelo motivo de a música ter uma melodia triste, e que aquele estranho sentimento era fruto da emoção causada por aquela faixa.

De olhos fechados, o menino não parecia mais estar ali. 
Dois minutos e cinquenta e sete segundos que pareceram uma eternidade.
A promessa do menino revelara-se verdadeira. A música foi curta.

Quando acabou, e o silêncio veio, parecia que ela não ouvia o ronco do motor. Não ouvia mais nada.
Se perdeu no momento do estranho menino.

Ele abriu lentamente seus olhos, e só então ela percebeu que suas mãos eram seguradas pelas dele. 
Recuou então, como quem pede desculpas. Ele deu um leve sorriso, guardou o celular no bolso.

- Muito obrigado! Jamais esquecerei esse momento. Não se esqueça de que, se ainda não é, você ainda será tudo na vida de alguém. Seja feliz!

Sem saber o por quê, seus olhos marejaram. Num sinal de positivo, apenas balançou levemente a cabeça pra cima e pra baixo.

O ônibus parou, e o rapaz se foi.

Nunca mais o viu.
Mas não existe uma só vez em que escute a música, e não se lembre dele.

"Você é tudo, e tudo é você..."

terça-feira, 1 de agosto de 2017

PARTILHANDO

Lembro de minha mãe, chamando minha atenção pelo motivo de ser madrugada, e eu lá, grudado no computador, muitas vezes mais de três da manhã.

Mas o quê poderia fazer?

Sempre senti que sou mais criativo nas madrugadas. Adorava estar ali, na frente do PC, escrevendo, pensando na música que postaria, sempre de acordo com o quê escrevia!


Nem o mais crédulo dos meus leitores acreditaria que estou de volta. Nem eu, aliás. Foram tantas voltas e sumiços, que nem eu mesmo tenho paciência de ler ou escrever sobre isso mais.

Minha mãe não ficava brava por eu ficar até altas horas acordado. Até porque àquela época, quando postava diariamente, eu tinha só um emprego, no período da noite. E por isso era notívago.
O tenso é que meu irmão dormia no mesmo quarto que eu. E o pobre rapaz acordaria cedo para trabalhar. Por isso mesmo que comprei um teclado mais silencioso.

Mas isso era no tempo do desktop.

Hoje, escrevo tudo no app do Blogger!
Tão simples e silencioso! E ainda ouço música enquanto escrevo! Abençoada tecnologia!


Sinto saudade.

Saudade de quando eu era muito mais inspirado para escrever. Comecei esse blog muitos anos atrás. E com o passar dois anos, a gente muda. E como muda.

Não queria levar para o lado triste da coisa, mas no mundo real, as expectativas nem sempre são alcançadas. Logicamente, temos muito a agradecer. Creio que o fato de eu ser um saudosista nato me impeça de não sentir falta. De alguém, de coisas, de tempos, realidades.

Uma vez li que os saudosistas tendem a parar no tempo porque pensam no quê passou, e não prestam atenção no que está acontecendo, e nem planejam o quê virá a acontecer. 

Não somos adivinhos, e o futuro à Deus pertence.


Mas lembro de uma virada de ano, onde planejei tudo bonitinho! Aquele seria "O" ano!
Aconteceu que nada aconteceu.

Não do jeito que achei que aconteceria.
Daí perdi a vontade de planejar de novo.
Só que o tempo passa. E não temos o luxo do tempo eterno.

Eu já quis mudar o mundo.

Mudar pessoas, realidades, achando que estava fazendo um bem pra quem me ouvia. E tudo foi de coração.
Já escrevi que muitas vezes, pensei ter a resposta pra tudo. E hoje acredito que isso seja normal. Isso porque, com quem converso sobre, sempre dizem que também já passaram por essa experiência. A de achar que sabiam de tudo.


Gente...

Lembram do MSN?! Do Messenger, no caso?


Lembro dos bate-papos até altas horas, aconselhando e sendo aconselhado.
E nessas vezes, achava que sabia de tudo no mundo, principalmente em relação aos sentimentos, à vida, nos mais variados casos.

Ah... Mas lembro também de quê escrevia com o coração!
A alma sempre estava à ponta dos dedos!

Talvez hoje em dia, eu não tenha mais a coragem que tinha, de falar coisas tão aqui de dentro de mim. Como já falei, o tempo muda a gente. Coisa de doido, né?

Certa vez percebi que estava testando o blog com muita intimidade, revelando muito de tudo, mesmo que entrelinhas.
Por isso, muitas vezes, sumi. 

Saía, e perdia o caminho de volta. Não sabia mais como retomar. Além do mais, não achava mais necessário. Acabava me virando eu mesmo com minhas próprias situações. Mas isso quando as postagens eram pessoais. Sempre gostei de compartilhar com quem me lia sobre coisas que gostava de assistir, jogar, ler, ouvir. Vez ou outra me pego lendo posts daquele tempo. Mas é vez ou outra MESMO!
Você já teve a impressão de que, às vezes, você olha pra trás e não conhece mais aquela pessoa que foi?

Saudosismo. Sinto saudade de como me portava. E de como era olhado.
Já foi olhado por alguém que te admirava de verdade? Aquele olhar de "viagem"?
Nas vezes que fui olhado assim, adquiri uma marca no meu coração que registrou aquele olhar! Não esquecerei nunca mais. Uma pena que, em meio à tantas limitações, aquele olhar não exista mais.
Pensei que poderia reclamar por isso, mas aprendi que o culpado fui eu mesmo. E que confiança é linda como o cristal, mas tão frágil quanto.
É até poético o quê dizem: "Confiança é como o cristal: uma vez quebrada, nunca mais é a mesma coisa".
Só que experimentar isso não é tão bonito.

Na real, nem sei por quê estou escrevendo isso. Me veio esse pensamento agora. Pode ser que seja a música que estou ouvindo. Músicas tem um poder sobrenatural sobre mim. Sempre tiveram.

Desejaria que as pessoas que me liam, anos atrás, estivessem aqui. Pra falar pra elas que agradeço o fato de terem feito parte de minha vida, tanto tempo, de perto ou de longe! E embora umas eu tenha afastado, e outras tenham se afastado, todos tem parte importante em minha formação.

Já fui mais grato. Gostaria de ser mais.

Creio que personagens sejam moldados dentro de nós. E se os alimentarmos, eles passam a ser a gente na maior parte do tempo. Não que eu seja assim. Foi só mais um pensamento.

Constantemente ouço comentários sobre o tempo que tem passado tão depressa. Acredito que, por termos menos tempo pra gente, sentimos ele passa mais rápido. Mesmo a família da gente, que também tem seus trabalhos, não vemos como gostaríamos. Isso porque cada um tem sua vida, gostos e realidades. Nem sempre compatíveis aos nossos. Fez parte do ser humano.

Hoje é primeiro de agosto.

Retorno à terapia do Blogger, sem ter o feedback que tive de pessoas que tive no passado. 
Engraçado!
No passado, eu escrevia tendo a certeza de que, quase que ao mesmo em que redigia, tinha alguém comigo, escrevendo comigo, participando da criação!
Hoje, esse cantinho que tenho na internet parece que ficou maior e mais vazio.
Reforça a tese de que "aquele que constantemente se ausenta, uma hora deixa de fazer falta".
Triste, né?
Quando alguém deixa de fazer falta pra gente. Como pode?

Precisamos cuidar bem de quem nos rodeia.

Por isso, antes de terminar, registro meu agradecimento à todos e todas que já passaram pela minha existência.
E sei que foram muitas pessoas!
Aprendi, porém, que nem todos vem pra ficar.
Vem, aprendemos juntos, e partimos.
E com poucos, vamos vivendo e convivendo. Aprendendo, machucando e sarando. 
Assim é a vida.
Já é agosto.
Que bom que temos a oportunidade de estarmos juntos novamente!
Não será como antes.
Melhor?
Pior?
Não sei.
Mas que bom que será diferente.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Sem nada interessante pra dizer...

... melhor não dizer nada!

O negócio é, quando me sentir inspirado, postar aqui, porque pelo visto, sumindo e aparecendo, sempre estarei por aqui.

Obrigado à quem ouviu o post de ontem!

A gente se fala!

Abraços.

#Audiopost - 27 de Junho de 2017

Oi gente!
Além de escrever, amo gravar! 
Por isso, o audiopost desta terça-feira!
Tenha um ótimo dia!




quinta-feira, 22 de junho de 2017

Meu post do mês no Blog das 30 Pessoas


Fala galera!
Trago pra vocês aqui o conteúdo do meu post de ontem no Blog das 30 Pessoas.

Caso você ainda não conheça esse projeto, visite e veja como funciona!
É bem interessante!

Grande abraço!
Nos falamos por aê!





terça-feira, 6 de junho de 2017

Sobre Barros de Alencar e as partidas de tantos e tantas

Em casa ontem, pela tarde, já quase início de noite, quando terminava mais um episódio de Dawson's Creek, minha mãe, com o celular em mãos, perguntou:  
 
"Nossa... Será que é verdade?" 
 
Tratava-se de alguém noticiando a morte de Barros de Alencar, radialista famosíssimo à sua época. 
 
Como desconfio de toda notícia veiculada pelo Facebook, pedi-lhe que me deixasse dar uma olhada. Na verdade, quem havia repostado a notícia era o Roberto Barbosa, cara que cresci ouvindo nas AM's da vida, com quem tive o prazer de trabalhar na emissora onde hoje estou. 


Ou seja, a possibilidade de ser um boato sem fundamento diminuiu consideravelmente. 
 
Barros de Alencar
Coloquei no Google, e a confirmação veio.  
Barros de Alencar faleceu ontem. 
 
Como já disse, cresci ouvindo rádio. 

A primeira memória que tenho sobre isso data lá dos meus 07 anos de idade. Quando ia dormir, adorava quando meus pais deixavam o rádio ligado. Talvez por isso, até hoje, eu ame dormir com barulho. Seja a TV ligada, celular ou rádio mesmo. 
 



Lembro também quando meu irmão estudava bem de manhãzinha, e minha mãe o acordava para que fosse à escola. 
 
Lá estavam o Eli Corrêa, o Paulo Barbosa (ambos da capital de São Paulo), e também o Roberto Barbosa, ele, aqui do Vale do Paraíba. 
 
Mas por quê digo isso tudo?! 
 
Porque a geração que cresci ouvindo está indo embora. E isso também é matéria prima para reflexão. 
Tempos atrás, Jerry Adriani nos deixou. Depois, Belchior. E agora, Barros de Alencar. 
 
Falei pra minha mãe que a vida é assim mesmo. Que a única certeza que temos, quando nascemos, é que um dia retornaremos aonde viemos. 
 
Como católico que sou, acredito que um dia estaremos no lugar ao qual Jesus foi preparar. Não sei qual sua crença, nem sou especialista quanto a esse assunto mas demais religiões, mas tenho pra mim que a maioria de nós acredita que essa vida não acaba, mas se transforma. 
 
Por isso, devemos aproveitar bem o tempo que temos aqui. Vira e mexe comento com alguém sobre como seria se soubéssemos o dia de nossa partida. Acredito que não teríamos paz, pois tentaríamos fazer tudo antes da derradeira data. Sabemos que nem tudo é possível e que  tudo bem. A vida é assim mesmo. 
 
Não vivemos pensando na morte. Até porque, se assim fosse, não teríamos tempo para viver. 
Por isso, quando alguém conhecido nosso, seja da área artística, como foi de ontem pra hoje, seja amigo ou parente (nesse caso, de maneira mais forte ainda), se vai, "lembramos" dessa nossa limitação. 
 
Quando eu pregava (se você chegou hoje e não sabe, participei do movimento da RCC, Renovação Carismática Católica durante 14 anos), sempre dizia que não havia problema em chorarmos quando alguém que nos era caro partia. Que não somos robôs, e que por isso temos todo o direito de sofrermos, de passar pelo luto.  
 
Também dizia que, o verdadeiro termômetro para sabermos se realmente amamos alguém, é imaginar se a pessoa partisse hoje, ou amanhã, e deixasse de existir nesse mundo, conosco. Sofreríamos?! Sentiríamos sua falta?! 
 
Penso muito nisso quando discuto com alguém. Nessas horas, peço a Deus a oportunidade de me reconciliar com tal pessoa, antes que eu ou ela se vá!  
Até agora, graças à Ele, tem dado certo! 
 
Costumo dizer que acredito que morrerei lá pelos meus 114, 115 anos. Não sei por quê, mas tenho essa quase certeza! Tem muita coisa a ser vivida pela frente! 
 
No cinema, há umas estórias que contam de pessoas que tem o dom da imortalidade, e que sofrem ao ver seus queridos e queridas partindo. Se essa possibilidade realmente existisse, creio que não seria fácil pra ninguém mesmo. 
 
Quis falar desse assunto com você, pois é algo que pensei, vendo tantas pessoas que cresci acompanhando o trabalho, principalmente em minha infância. 
 
Sempre é melhor falar e aproveitar a vida. Mas não podemos esquecer que é bom procurarmos deixar uma boa marca nessa terra quando chegar a nossa vez. 

Abaixo, um breve momento da voz do comunicador que nos deixou. Isso era a pura rádio AM!

Deixo o vídeo dos comunicadores da Rádio Jovem Pan, noticiando ontem pela manhã o ocorrido.
 
Que o Jerry Adriani, o Belchior, o Barros de Alencar, e tantos que se foram e foram próximos a nós, descansem em Paz.